sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Rio que foge




“ As lágrimas não param” o luto.

Dentro dos olhos há um lago de prata!
É assim que expresso a dor que me sufoca.
No peito p’ra sempre uma amiga fará morada
Mas com violência, com um acontecimento horrífico eu vi o farol que te iluminava desmoronar.

Estou ferida, 
Jogada em um canto qualquer  tentando reverter com as lembranças tudo isso.

Que possuo agora é um abraço abandonado que cortam o ar. Não há consolo, unicamente me resta adormecer, mas sem aconchego.

Antes da chuva, ou até mesmo de todo o Tempo virem para apagar essa dor, eu vou copiar no meu espelho o seu sorriso. Dessa maneira o mundo saberá que alguém disse a você:

- VEM!!!  





Para minha amiga que sente saudades de uma amiga

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Perro Negro




Não sou homem de contar certas histórias, apenas soluço palavras como se fossem o cuspe que se propaga ao vento, todavia, aqui as utilizarei para que se tornem o espelho d’alma, e o bote que se perde no rio caldal do coração.

Meu rosto padece há muito tempo.
Mas não foram os ouvidos ou as lágrimas que me levaram à traição,
São meros cumplices de um parente ilustrissimo chamado consciente – razão se assim o desejas alcunhar.
Deus tornou-se escuridão dentro de mim, não obstante sabe-se que antes d’Ele primeiramente esmaece o fulgor pelas maravilhas do mundo.
Pergunto:
Que gozo ainda há na terra?
O mundo tornou-se uma louza seplucral, e disso posso
 Apenas dizer: et cetera, et cetera
Faz morrer até a Fêniz.

Hamlet se queixa a serviço da verdade.
Quem me dera haver as garras e a mordida de certo cão alemão, o mundo conheceria minha fúria. Porém, cá estou eu, algemado como Judas na boca do Diabo.
Estar se findando o periodo zodical, e ninguem abraça o coração neste hemisferio, as pessoas só inclinan-se para o rosto jovial agragado com sagacidade ( acrescente você o adjetivo correto).  Dessa forma agem neste horizonte, e também os antipodas.
A guisa da impertinencia tu exclama:
-nada compreendi.

Isso porque acreditas muito no miserere
E de nada entendes de ser humano.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

The Watcher






Estar calmo lá fora.
Pode-se observar as crianças dormirem sem pesadelos, como se alguem lhes cantassem ao ouvido.

...

Aqui dentro os fantamas jamais desaparecerão, envelheceremos e lá continuaram a nos desespearar. Permanecem pela eternidade.


Não se escuta a música pueril, são gritos que ecoam em especial.
 Ouço a voz de uma criança perdida

... por medo eu corro.


Infectado pela insegurança eu procuro o silêncio, então caminho adiante.
Encontro um campo de cinzas vermelhas, e no terceiro passo de curiosidade me descubro observado.



Como uma bota nova alguem me prende com força pelos pés, me fita então o menino que me perseguia. Observa-me com olhos de condenação.



Antes mesmo de pensar em lhe aplicar alguma resistencia
Os braços do menino despedaçam-se semelhante a areia que é levada pelo vento.
Me dou a entender de onde vem as cinzas que me tinham furtado a curiosidade. Nesse momento minha visão antecedeu o desespero, e vi as cinzas se darem a forma de ratos. Eles vieram até mim aos montes,  me envolveram os pés para depois me roerem por completo as carnes.


...



A luz continua queimando lá fora.
E as crianças ainda dormem como se nunca tivessem hora para acordar.
Enfim uma desperta, e como se eu fosse a sua sina. O abrir de olhos foi tão rápido, tão violento, tão terrivel que ela quis acrescentar um sorriso – como que esse fosse a essencia de sua malevolência.
Eu a observei, mas não por muito tempo, pois suas pulpilas agora eram um turbilhão de carne lacerada e sangue. Cai eu ao chão, pois  desses dois ingredientes eu estava nu.