terça-feira, 30 de agosto de 2011

Hoje decidir morrer




Não venho de uma casa banhada pelo Sol, onde o jardim é acessível para o maravilhoso canto dos pássaros e o revolutear das borboletas.
Não existe tal jardim!!!
Há uma selva, onde o vento não é domado, mas sussurra?  Um grito estridente que enregela até o Sumo Amor.
Perto de mim tem um lago, as suas aguas contêm oceanos de tristeza, que insiste em me afogar na escuridão.
Ele continuará uma ameaça, pois dos céus chove tempestades de lagrimas, e nenhum raio de sol conseguirá limpar a nuvem que eclipsa meu coração.
Transborda dentro de mim, e expulsou o sentimento que embeleza nossa alma.
Faz-me tropeçar...
Então cair, como estrela cadente...
Eu vi...
Verão do meu lado, inverno ao primeiro passo, e nesta minha queda o tempo foi um grande tirano.
Quase que vencido, ofereceram-me liberdade... Uma alma imaculada, campeã, que jamais perdeu uma só batalha, deu-me dons amáveis, mas que só ornam a coroa.
Que bela aparência a minha... Eu era um tipo de “aquilo”, que a chamada civilidade designa “homem”.
Fulminava dentro de mim  (homem falso) amargura, um universo horrorizado. Foi oque este caminho me herdou.
Chorei lágrimas...
Este misero poeta, chorou lágrimas que lavariam o universo.
Perdoe-me se não me encontrares, o caminho de mártires é a gloria de D’us, com perolas incrustradas e palavras de alivio.
Eu...
... Sigo estrada sinuosa. Sombras me fazem andar na sorte,  e cada passo é um lamento por saber que deixo alguma coisa p’ra trás...
Entrego para o esquecimento.
Bem longe...
Num silencio mortal e vagaroso, sou levado ao meio desse labirinto.
...
Sou levado ao céu!
Suspenso com uma mão implacável na garganta, alguém me mostra o deleite que arrebata milhões, o mesmo que me enfeitiçou e (...).
(Lágrimas)
É incerto o tempo.
Parece que foi século e séculos.
E os segredos foram me corroendo.
O longínquo mar...
O mar distante conseguiu transformar-me, e, lá no fundo agora me escondo.
Sem lindos campos, ou mesmo flores para colher.
Deus será um presente, que assim como uma criança logo esquecerei.


Santana-AP, 30 de agosto de 2011
D’arte




sábado, 20 de agosto de 2011

Minha Tragédia





Que felicidade  busco exercer,
Se eu tenho por influência a paixão efêmera, a dominadora tragédia?
O retrato do meu  futuro será como um célebre romance?
Clássica angústia, avassaladora beleza.
Assim é a alegria de um poeta.


D’arte

Cristo Crucificado





Eu Te vejo

Será que é você mesmo? Suspenso a mais de 2 metros do chão.
Nessa terra ao quais os meus pés pesam sem merecer.
18 horas antes, víamos o Cristo, porém, quando eu caminhava contigo para aquele lugar.

Percebi nesses 8 quilômetros que tu já não eras mais o mesmo...
Não conseguir pensar –até agora- no meu D’us com os olhos salgados, pesados.

“Divinos olhos, eclipsados”.

Tu és agora a ovelha que anseia por água. Ovelha que deixou os lobos lacerarem e destroçarem  carne tua.



D’arte 

Pot-pourri solitário





1 verso;


2 versos brancos.


É só p’ra esconder uma vaidade que não se deve vê.

É nessa estória que Tu insiste em escrever.

P´ra Mim não existe rima...

O que os lírios mostram?


Para os que dizem serem filhos Teus... é só mais um pouquinho de prazer...


TUA RIMA.

A poesia é saciada na saliva.

Por outra poesia (a poesia não é a mesma...)
Amor Omnibus idem?

Eu também vi a cara da morte!

MINHA POESIA
É p’ra exercitar o Teu lápis.

Nosso pot-pourri é solitário


D’arte

04-Fev-10

Ser Beija-Flor




Serei um beija-flor
P’ra D’us.

O menor,
veloz no pensamento,
o que penetra no pó com fantástica queda,
Contender sem trégua pelo alimento.

Cosmopolitar nos pontos de pouso o Amor.
Quando esbarrar nas árvores, e colidir com arame farpado
que seja silenciosamente.

E se meu corpo de múltipla cor e penas apaixonantes 
Cair no chão com uma asa quebrada,
Quero ser envolto por milhões de estrelas
P’ra que faça minha lágrima brilhar.

12-FEV-10

Ronan D’arte.

terça-feira, 5 de julho de 2011

ALÉM DA IGREJA







Havia em Jerusalém uma das maiores maravilhas do mundo. Um templo. Um lugar
de Adoração ao Deus vivo. Uma Igreja. Um paraíso no deserto. Uma luz na escuridão.
Um palácio para habitação de um rei. A morada do altíssimo. Sim, havia uma igreja,
havia um templo. O templo de Salomão. E acreditem, não era qualquer igreja. Era uma
grande obra.

Quantas igrejas temos construído hoje, quantas paredes temos levantado. Mas eu
me pergunto. Porque?

Outrora havia uma casa, um lugar que Deus habitava.
Mas onde? Cadê a casa do grande Deus vivo? Onde está a que seria chamada de
uma das maravilhas do mundo?

Essa grande Igreja, construída por Salomão e reconstruída no seu esplendor por
seus sucessores já não está mais lá, fora destruída. Somente algo bem insignificante ficou,
um simples muro de frias pedras. Da excelência somente restou a insignificância, do
esplendor as trevas, da glória a vergonha. Da grande igreja de Jerusalém somente restou
o muro das lamentações.

Se a grande igreja de Deus fora destruída, porque ainda estamos tentando
levantar as pedras. Afinal todas sabem que uma folha seca não cai da árvore se não for
da vontade de Deus. Mas então porque? Se a magnificência da igreja fora destruída com
a permissão de Deus, porque ainda hoje vemos em todas as esquinas novas igrejas sendo
levantadas, buscando ao menos chegar à altura e profundidade do muro que restara da
igreja de Jerusalém.

PORQUE AINDA HOJE ESTAMOS LEVANTANDO O QUE DEUS
DERRUBOU NO PASSADO?
Será que não conseguimos viver com a idéia. Será que estamos lutando com ele a
dois mil anos. Somos tão miseráveis assim, a ponto de levantarmos um altar somente
para que seja cumprida a nossa vontade.

Hoje sei. Ele simplesmente não mais queria ser adorado naquele lugar.
Deu disse: BASTA!!!

E simplesmente, a grande igreja de Salomão já não era mais.
Se Deus derrubou aquelas paredes de Jerusalém é porque Ele tinha algo muito
maior que elas. Nosso Deus é o senhor da Excelência. E se assim é não haveria razão
para que as ruínas fossem em vão.

A grande igreja de Salomão veio ao chão, porque não se agüentava mais a frieza
daquelas paredes. Ele queria um lugar mais quente. Um lugar que houvesse algo que
ficasse aquecido o dia todo.
Por isso ele destruiu a grande igreja de Jerusalém, para morar no pequeno recanto
do nosso coração.

Eis uma verdade que parece esquecida: Deus não habita mais em templos feitos
por mão.
Se Deus nos chamou para sermos livre, porque não ainda somos escravos da fria
religiosidade? O meu grande medo são os escravos dos templos. Fantoches que passam a
vida nas cadeiras das igrejas ou nos altares da cerimônia.

Quantas músicas mais precisamos para conseguir chegar à sala do trono? Mas
quantos sermões precisamos escutar para passarmos a vivê-los?
Quem me dera houvesse tantos profetas quanto existem loucos.
Oh Senhor! Rasga o céu e desce.

Estou cansado de te oferecer tão pouco. Quebraste ó Deus os muros da minha
grande Jerusalém. Despedaçastes as veias da minha normalidade.

....

Jesus, eu nasci para te amar. Se tentarem me afastar de ti, não os deixem. Se
programarem como eu devo declarar o meu amor por ti, me faça mudo. Se me fizerem
escravo da passividade me retire do mundo. Se gritarem o que devo gritar, me faça surdo.
Mas Deus, não me deixe voltar atrás. Estabeleça em mim oh grande rei, o seu
tabernáculo E no recôndito do meu pequeno coração, encontre sua habitação.
Meu amado Jesus, quero viver tudo o que disseste que a fé é capaz de alcançar.
Ensina-me segundo o Seu coração. E eu te obedecerei.
Em Nome de Jesus. Amém.
(André .Alvizi – 2007)
...
O CHAMADO PARA ALÉM DA IGREJA

Esse artigo é um chamado para a intimidade com Deus, para o distanciamento da
religiosidade fria e passiva, sem entendimento e conhecimento da graça, poder e realidade
de Jesus.
Hoje, a igreja é fundamental e está em erro absoluto todos os que não a
freqüentam. Mas, além disso, há uma verdade maior, um Deus absoluto a quem não
devemos simplesmente ouvir sentados.

Essa realidade espiritual que somos chamados nos faz entender quando e onde
devemos seguir. É o caminho da porta estreita que somente o conhecimento do Senhor
pode nos levar. É muito fácil falsos líderes conduzirem uma multidão ao erro. Se
inventarem uma ideologia barata logo deterão muitos seguidores. Somos em geral
consumidores de todo tipo de oferta.

Essa é uma verdade de fato. É só lembrarmos da tragédia do nazismo, de como
toda uma nação fui induzida a um erro básico para um pecado que qualquer criança já
distingue. O país da revolução espiritual de Lutero estava agora violando o sagrado
mandamento: Não matarás.

Por isso, convém estarmos atentos para a grande salvação, não deixando-nos levar
por qualquer vento de doutrina e nem a uma adoração mecanizada, frívola e indiferente.
Assim, que sejamos, além de membros de uma igreja, participantes do vivo do Reino de
Deus.
Que Deus te abençoe.
Carinhosamente,
André Alvizi
Ministério Seara Ardente, 05 de outubro de 2009.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Poema P’ra um Poetisa.





Uma mulher de pé,
 Em cima do muro,
Pensativa,
Construindo uma realidade
Para melhor agregar seus pensamentos.

Nega o mundo, nega a utopia.
Pés descalços, lábios de primavera,
Asas abertas para melhor alcançar
O horizonte, mas ela foge,
Por quê?

Adjunto do muro esta um rapaz
Que sintetiza aquela mulher.
Tenta desesperadamente
Fazer com que a mulher
Lhe diga o que verdadeiramente
Pensa.

Mas o rapaz encontra-se em
Silencio; inerte.
Um observador com olhar
Ausente.

No coração do rapaz
Há uma voz
Que pede perdão,
Por não compreender
O universo quântico
Que vive a jovem mulher.

Cada gesto minucioso,
Cada palavra imposta
Daquela mulher,
Faz o rapaz
Adormecer em sonho.

Pensamento desvairado.

A mulher diz adeus
Correndo para o
Silencio.

O jovem retira-se
Para a manhã
Já vivida.

(D’arte)