Uma mulher de pé,
Em cima do muro,
Pensativa,
Construindo uma realidade
Para melhor agregar seus pensamentos.
Nega o mundo, nega a utopia.
Pés descalços, lábios de primavera,
Asas abertas para melhor alcançar
O horizonte, mas ela foge,
Por quê?
Adjunto do muro esta um rapaz
Que sintetiza aquela mulher.
Tenta desesperadamente
Fazer com que a mulher
Lhe diga o que verdadeiramente
Pensa.
Mas o rapaz encontra-se em
Silencio; inerte.
Um observador com olhar
Ausente.
No coração do rapaz
Há uma voz
Que pede perdão,
Por não compreender
O universo quântico
Que vive a jovem mulher.
Cada gesto minucioso,
Cada palavra imposta
Daquela mulher,
Faz o rapaz
Adormecer em sonho.
Pensamento desvairado.
A mulher diz adeus
Correndo para o
Silencio.
O jovem retira-se
Para a manhã
Já vivida.
(D’arte)
Nenhum comentário:
Postar um comentário