domingo, 8 de janeiro de 2012

Do Amapá




O vento mastiga os meus olhos, num murmurinho chato, na capital amapaense.

Não gosto do balançar do mato idiota nas tardes de verão, e como é impertinente o seu crescimento no inverno (ele no meio da lama, implacável para comigo, p’ra sempre).

A escuridão ocultando diversos perigos: mormaço; silêncio; contraste e ET Cetera,  ET Cetera...

Quando não vejo ninguém fico triste comigo mesmo. Culpo meu maligno pensamento abstrato.

Ao observar as pessoas (não sei se vejo mais almas que corpos) desejo de imediato, ficar triste novamente, mas sem culpar ninguém.
O nosso grande deserto amazônico (ou labirinto amapaense) é a macula diária nos meus semimortos olhos. E todo pensamento (passeio) sideral, se repete desta maneira.

São uns tímidos mosaicos, que me vem à frente, feito por gente que não é burra, e, não é dependente da justiça.




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