quinta-feira, 1 de setembro de 2011

As Amoras de Shakespeare




Ô poeta,
Tu que decidiste morrer...
Quem ocultou a fenda de Píramo e Tisbe se não tu mesmo...
Teu coração, o véu dela ensanguentou, e na desventura que tua carne tem,
Num instante feriu o coração com uma espada.

Tu correste num terreno alheio,
Negaste o perigo.
E entre uma loba e tua amada a morte arrastava os seus passos.

Lembra-te quando os lábios selavam a parede, e o coração se arrebatava deixando-os vivos?
Envolvia-os a paixão sem suplica, a beleza do amor  numa greta murmurava.



 D'arte

 01/09/11


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