Dante perdido na floresta (Canto I). Ilustração de Gustave Doré (século XIX). |
Expulso do céu, aqui estou, gelidamente estendido sobre o solo. Esculpindo modestamente um novo caminho que me faça andar de copo ereto e para melhor escultar os conselhos da minha razão. “Flor que se abre e definha mercê do mesmo Sol que a fizera vingar”
Um gesto humilde no meu recito, a frase que escrevi ao cria uma poesia, isso e tudo mais atrozmente faz surgir memórias mortas que se afloram com a simplicidade. As lembranças fazem pungir minha alma, abrindo lápides e sepulturas que eu homem caído almeja desprezar.
Como eu disse, é um caminho a ser esculpido, necessito galgar cada degrau, para que um pé possa seguir o ritmo do outro por igual e que minha pobre cabeça aga de acordo com meu spiritu.
A origem é um vício e zelo muitíssimo antes de apressar o passo, e quanto mais avante consigo ir, posso verdadeiramente distinguir quais os momentos que a inquietude se apoderou de mim.
Anelo cumprir minha sentença nesta estrada que me esclarece a alma, não negligencio o prejuízo estupido que tive, porém é com lagrimas que consigo perdão. Minha alma rojou-se ao pó, para crear um solo em que eu consiga deixar meus pés firmes.
Ronan D’arte
18/09/11
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