Corri ligeiro para minha cornija - Aqui o coração de um homem cura-se na fria rocha. Atingir o chão, e do primeiro pranto ouvia-se:
Ó D’us! Nessa parede fixa-se tantas sombras que movendo-me num gesto único é impossível distinguir tal qual o seu sofrimento.
Afundei a vista no terreno opaco. -De onde vens tu, notoriedade? Ali mostra-me o pecado meu, aquele que conserva a verdade libidinosa, que na memória corre sanguínea.
Por imaginação, forço o caminho mal – pelo contrario, quem é martelo não se deixa submeter pela bigorna. Mas a nobre fidelidade de outrem principia o lume, à sua guisa.
Pelo retângulo da porta via-se o ocaso – graça do fulgor teu- que os olhos da luxuria abdicaram.
Ronan D’arte.
15 / agosto de 2010
vc é desse século?
ResponderExcluir" Somente os dias vindouros me pertencem. Alguns homens nascem póstumos" Nietzsche.
ResponderExcluirMinha adorada amiga Dio... A condição poética esta para além dos séculos, felizmente.